Postado em segunda-feira, 7 de abril de 2025 08:05

A marca Andaz, do grupo Hyatt, vai estrear-se na Península Ibérica com a abertura do seu primeiro hotel no coração de Lisboa, no final do verão. Em entrevista ao TNews, Afonso Magalhães, diretor de Vendas do Andaz Lisbon, revela detalhes sobre a nova unidade hoteleira, garantindo que será “o primeiro verdadeiro hotel de luxo e lifestyle em Lisboa”, com uma aposta também direcionada para os segmentos de MICE e F&B.

O Andaz Lisbon, de cinco estrelas, vai “abrir late summer, no terceiro trimestre de 2025″, começou por avançar ao TNews Afonso Magalhães, indicando que “ainda não temos a data fechada, mas prevemos tê-la muito em breve”.

Descrita como a “marca de luxo e lifestyle da Hyatt”, a Andaz conta com um portfólio de unidades hoteleiras na América do Norte, América Latina, Ásia e Europa, incluindo cidades como Viena, Amesterdão, Praga e Londres. No entanto, o Andaz Lisbon será “o primeiro na Península Ibérica” e, para o responsável, terá “uma importância ainda mais elevada porque vai ser o primeiro verdadeiro hotel de luxo e lifestyle em Lisboa”.

Trata-se de um hotel que “representa o luxo a nível de qualidade de serviço, de amenities e do produto em si mesmo, mas, ao mesmo tempo, tem a descontração de um produto de lifestyle e tenta encontrar-se sempre na comunidade local”, explicou Afonso Magalhães.

Situado “praticamente debaixo do Arco da Rua Augusta”, o Andaz Lisbon tem como “main selling point” a “melhor localização de Lisboa”, entre a Rua Augusta e a Rua do Comércio. 

Esta localização no centro de Lisboa significa que o MICE terá um peso substancial para a unidade. “As salas de reunião abrirão um bocadinho mais tarde do que o hotel. Quando abrir no terceiro trimestre de 2025, já teremos 170 quartos e um rooftop onde conseguiremos fazer algum tipo de incentivo”, referiu o diretor de Vendas, acrescentando que “estamos numa zona premium da Baixa que tem venues fantásticos à nossa volta”, como é o caso do Pátio da Galé.

Além disto, o hotel de cinco estrelas terá “uma aposta muito grande nas experiências do cliente”, apresentando-se como um produto “ligado não só à fashion, como à música, à F&B, à arte e cultura”.

O Andaz Lisbon contará com dois restaurantes com “conceitos diferentes”. No rooftop, o Luzzi ambiciona ser “o hotspot da cidade, aquele sítio que vai ser uma paragem obrigatória”, com iniciativas como DJ sessions e música ao vivo, bem como handcrafted cocktails. Já o Andaz Lounge, que se situará no piso zero, será “um restaurante casual, com alguma comida típica portuguesa”.

“Vamos também fazer parcerias com a comunidade local no que toca à arte, designers, peças de cultura portuguesa, porque a marca Andaz representa isto: colaborar com o local onde se encontra”, revelou.

Expectativas para principais mercados

Quanto aos principais mercados, Afonso Magalhães adiantou que “o facto de a Andaz ser uma marca da cadeia norte-americana Hyatt faz com que diretamente o mercado americano seja um mercado de excelência para o hotel. Vai ser um dos nossos mercados prioritários e com maior relevância”.

Além disto, os mercados do Reino Unido, França, Benelux e Alemanha terão um peso significativo, de acordo com o responsável. “Também o Brasil, que é um mercado tradicional em Portugal, e, cada vez mais crescendo, o mercado do Médio Oriente, como Emirados e Arábia Saudita”, referiu.

Já o mercado nacional será “importante para o nosso hotel, não só a nível de alojamento, como também a nível de F&B”, afirmou. “O objetivo é que o Andaz seja parte da comunidade e, como estamos na Baixa lisboeta, num sítio tradicional no coração da nossa cidade, contamos muito com este mercado para marcar uma presença nos nossos eventos e nos nossos espaços de F&B, assim como no alojamento”.

Desafios na abertura de um hotel em Lisboa

“Há muitos desafios na abertura de um hotel, porque, por norma, são equipas pequenas que começam e precisamos de transformar um edifício num hotel em funcionamento”, comentou Afonso Magalhães sobre as principais dificuldades que a inauguração acarreta. “Para isto, é preciso montar muitos sistemas e procedimentos, fazer o recrutamento necessário, ligar a todos os parceiros e possíveis agentes com quem trabalhamos, não só a nível de fornecedores, como a nível de compradores”.

A seu ver, a sazonalidade da região de Lisboa é “cada vez menos baixa”, disse. “Continuamos a ter aqueles meses de janeiro e fevereiro, que são os meses mais fracos do ano. Tirando isso, Lisboa continua a ser bastante requisitada e, mesmo nessa altura, continuamos a ter alguma procura versus outras capitais europeias”.

O mercado de Lisboa está a tornar-se “cada vez mais competitivo”, à medida que “captura a atenção de grandes marcas de hotéis, com aberturas confirmadas nos próximas anos”.

Para o diretor de Vendas, este desafio é uma oportunidade. “Isto faz com que os hotéis já existentes na cidade tenham de se de reinventar, de se adaptar, de oferecer novas experiências e novos serviços, de fazer renovações a nível arquitetónico”, enfatizou. “Faz com que a oferta continue moderna e atual no que toca às novas tendências. Por outro lado, fica mais complicado e eventualmente podemos perder negócio para outros players, mas faz parte do que é a concorrência”.

 

by TNEWS