Desafios na hospitalidade.
Tendo já percorrido uns tempos largos e giros neste ofício, quando me solicitam um resumo flash, recordo-me sempre de onde vim, o que aprendi com os colegas mais velhos de diferentes secções. Poderia aqui fazer uma homenagem a tantos mas isso não nos traria para o presente, nem para os desafios que a sociedade nos coloca e que o ofício obriga a ultrapassar.
Tal como muitos estamos sempre a procura de novos mercados, novas oportunidades e no capítulo do capital humano noto o mesmo. Não seria interessante trocarmos sempre a busca do novo pelo velho?
A ver…, o equilíbrio nas equipas está entre a nova geração que trás valor em inovação, a força e os seniores que nos dão a consistência, pela rotina de fazer sempre bem, atender sem sair do essencial e aqui o bom senso ganha terreno. Os profissionais seniores hoje no mercado seja do sector ou de outros trazem-nos a experiencia de vida, o foco, o enquadramento para hospitalidade. Quem não teve a experiencia do senhor ou senhora de cabelos brancos que nos dava o bom dia na receção ou nos pequenos-almoços, nos transmitia paz, segurança e calma. Não é esse o grande princípio do serviço? Deixar o hóspede com sensação de porto seguro, para o nosso jet lag , para a viagem conturbada, para a noite mail dormida?
Ao longo destes tempos sempre procurei estes elementos de porto seguro, eles são o garante da calma necessária ao serviço, tem um percurso de vida resolvida e olham para o trabalho como uma atividade necessária, procuram saber mais, tem sentido de missão mais objetivo. Acresce que trazem um manancial de experiencia, mercê das alterações de mercado, são ágeis, são focados e resistentes ao stress da atividade.
Passamos rapidamente do telefax, para o email, da linguagem MS DOS para o ambiente Google, da Agencia viagens e tour operação para o ambiente online.
E nós pessoas? Somos hoje um manancial de experiencia, adquirido em período curto, cheios de energia, para partilhar no conjunto com a nova geração e para integrar valor.
Vamos continuar a procurar sempre o novo? Ou de uma vez por todas iremos trabalhar no crescimento da relação com o hospede, perder o tempo a perceber como eles mudam e nos também, criar evolução positiva na prestação de serviços?
Se é esta a nossa realidade, também será hoje o caminho na constituição das equipas. A atitude e talento está sempre ao nosso lado e só quem não esta focado é que se queixa ou deixa os ir.
O que precisamos? onde procurar ?, quem nos rodeia ? É a chave hoje de um serviço esclarecido transversal a categorias oficiais e certezas imutáveis.
O talento e a atitude será a chave de mudança e todos os dias agradeço-lhes por poder de contar com eles todos.
Bem hajam