A pandemia trouxe uma nova realidade ao nosso setor, quebras enormes nestes últimos 2 anos, com uma fase de retoma em 2022.
Os primeiros meses do ano foram meses muito positivos nos nossos negócios, quer a nível de lazer quer a nível coorporate e mice, onde vemos um crescimento enorme. neste momento debatemo-nos com novas realidades, esta fase pós-covid se assim se pode chamar (tem-se vindo a assistir nas últimas semanas ao aumento de novos casos), a guerra no leste europeu bem como a falta de mão de obra para o nosso setor.
As pessoas repensaram a sua maneira de estar e de viver e houve muita mão de obra que optou por outras áreas de atividade, vendo a hotelaria e a restauração como uma área desgastante e muito trabalhosa, com pouco reconhecimento a nível de vencimentos, hoje sem dúvida que a oferta é superior à procura, assistimos por todo o país a uma enorme dificuldade em recrutar mão de obra para o nosso setor principalmente qualificada.
A Oferta Hoteleira tem crescido exponencialmente, sem ter em linha de conta a capacidade de absorção do mercado no médio e longo prazo.
Entre os Hotéis Design, Boutique, Rurais, Charme, Cadeias internacionais, Hotéis Independentes etc., a escolha é enorme, o que levanta desafios extremos para manter as performances, com o aumento cada vez maior da perceção por parte do Cliente do valor do dinheiro, com a inflação que temos vivido nos últimos tempos, com o aumento abrupto de praticamente todos os bens faz com que por parte das unidades vejam a necessidade de incorporar valor extra nas tarifas que praticam
Cada vez mais encontramos Unidades Hoteleira a serem dirigidas por elementos que têm uma cultura Hoteleira diminuta. Podemos estar perante uma degradação do mercado por falta de estratégia no médio e longo prazo, e que por falta de conhecimento sobre os fluxos e tendências dos mercados, gestão de pessoas, O tempo que vai levar a aprenderem provoca danos que vão levam anos a recuperar.
O facto de a indústria Hoteleira adotar uma política de salários baixos faz com que a qualidade do serviço comece a ser posta em causa.
Cada vez mais estratégica nas organizações, é a gestão dos recursos humanos, que devem ser geridos como recursos estratégicos para o sucesso e não como números.
Nesta fase de retoma, nada será como antes e há várias tendências na gestão de recursos humanos que vão sair reforçadas ou serão agilizadas.
Hoje em dia tão importante como o salário que recebemos pelo nosso trabalho é o salário emocional, neste ambiente de novas necessidades, temos que recorrer a outros fatores que possam motivar as pessoas e mantê-las por mais tempo nos seus postos de trabalho, para que possamos garantir o mínimo de eficiência. É aí que entra o salário emocional, é tudo o que enquanto líderes, gestores de empresas e organizações podemos dar e proporcionar aos nossos colaboradores, mas que não é dado em espécie, não é pago em dinheiro, mas que acrescenta valor e qualidade de vida às suas vidas.